A automação de testes continua sendo um dos pilares do desenvolvimento moderno de software. No entanto, os dados mostram uma diferença preocupante entre o que as empresas planejam e o que realmente alcançam: enquanto 63% das organizações pretendem automatizar a maioria de seus testes até 2025, a taxa real permanece em torno de 40%.
A realidade por trás da lacuna
O problema vai além da tecnologia — está na falta de alinhamento entre metas, recursos e competências.
Aplicações modernas baseadas em microserviços, sistemas distribuídos e infraestrutura em nuvem exigem abordagens mais robustas. Além disso, a escassez de profissionais especializados e a fragmentação de ferramentas dificultam o progresso consistente.
Em muitos times, a pressão por entregas rápidas prioriza o curto prazo em detrimento da estratégia. Com o tempo, os scripts de teste tornam-se frágeis, gerando resultados falsos e reduzindo a confiança na automação.
Automação inteligente como solução
Fechar essa lacuna requer uma mudança de mentalidade: não se trata de automatizar tudo, mas de automatizar o que realmente importa.
As ações mais eficazes incluem:
- Treinamento contínuo e certificações para equipes de QA.
- Aplicar o conceito de shift-left, integrando testes desde o início do desenvolvimento.
- Adotar pipelines de CI/CD, executando testes automatizados a cada mudança de código.
- Usar Inteligência Artificial para gerar casos de teste e detectar falhas antes que ocorram.
- Centralizar a gestão de testes com plataformas como TestRail e Ranorex, unificando dados e visibilidade.
O futuro da automação
O futuro será marcado por uma automação preditiva e resiliente, com a IA atuando como copiloto dos testers. Sistemas autorreparáveis e análises baseadas em dados reduzirão custos e aumentarão a eficiência.
Contudo, o verdadeiro diferencial virá de uma cultura de qualidade, que enxergue o teste como parte do processo criativo e não como uma etapa final.
Conclusão
Fechar a lacuna da automação em 2025 exige combinar estratégia, tecnologia e aprendizado contínuo. As empresas que conseguirem equilibrar esses elementos entregarão software mais rápido, estável e competitivo, conquistando vantagem no mercado digital.